Indiana Dias e o Acampamento com Rapel na Serra do Lopo

_MG_2819No final de semana passado fui tentar uma aventura diferente, um acampamento selvagem (significa sem mordomias) na Serra do Lopo com direito a rapel no pico. Esse era o plano.

Como a barraca que haviam me oferecido como empréstimo estava com outra pessoa e curti acampar, resolvi comprar uma de dois lugares. Montei em casa e gostei muito do tamanho, modelo Takoma da Nautika.

_MG_2824A mochila estava um pouco mais pesada do que gostaria por causa da comida, que no final voltou bastante para casa. Preciso aprender o que levar para não me esforçar à toa. Rosa, que foi comigo, também levou muita comida e não parava de me oferecer. Acho que comi mais os sanduíches dela do que as coisas que levei.

O passeio começa em Extrema, onde fizemos uma caminhada até o local do acampamento, uma clareira em mata fechada. Tinha muitos galhos queimados, o que não é boa coisa. Não pode fazer fogueira no lugar.

_MG_2973Durante a montagem da barraca chegaram Laila, Guma, Cida e Carol, voltando de um bate e volta no mesmo lugar. Aliás, conheci Cleide, amiga da Carol e cujo habitat natural é a água. Praticante de stand-up, é a pessoa certa para me animar a aprender a nadar.

Após a montagem do acampamento fomos ver o pôr do Sol em uma pedra. Havia muitas nuvens e isso deu charme extra ao evento, como se o Sol estivesse tímido ou mexendo conosco. Danadinho. Teve uma hora umas nuvens mais pesadas, chegaram de lado e tamparam o coitadinho.

_MG_2947A noite foi tranquila, mas não muito confortável porque não enchi o colchão suficiente. Não queria acordar a Rosa (que depois me falou que passou bastante tempo acordada hehehe) e me mexi a noite inteira. Fiquei com um pouco de dor nas costas, mas nada de tão grave.

Ao amanhecer partimos para a subida ao cume. Já tinham nos avisado que o rapel mudaria de lugar por causa do mal tempo. Fiquei chateado porque uma amiga havia dito que o rapel no Pico do Lopo “não é igual ao rapelzinho da Cantareira”. Ela falou carinho, porque sabe do meu medo de altura, mas fiquei louco para fazê-lo só para mostrar que conseguiria. Kkkk Fica para uma próxima.

A subida ao cume não é exatamente pesada, mas é cheio de escalaminhada e em alguns pontos precisei de ajuda por não entender os pontos de apoio. Desafio bem gostoso. A mata fechada arranha um pouco, mas estou acostumado a andar sempre de roupas compridas desde que fui à Chapada do Guiamarães.

_MG_2841O visual é incrível, ainda que o tempo estivesse fechado. O pessoal era super divertido e me ajudou a montar umas poses legais. Teve até um cara que foi lá para tirar foto com a bandeira do Santos. Tinha uma outro santista por lá e brincamos dizendo que nunca Extrema viu tantos santistas juntos.

Na descida ficamos um pouco em uma formação chamada “Sofá”, que gostosa e com visual incrível. Usamos o tempo para comer alguma coisa, mas a ansiedade bateu. Não via a hora de levantar, com medo de altura, mas tinha uma fila de gente na minha frente. Fiquei quietinho no meu canto.

_MG_3026O rapel foi um espetáculo à parte porque antes de eu ir houve desistência (uma menina que se mostrava bem confiante), o que para uma pessoa como de medo de altura, como eu, só piora a situação. Rosa e eu resolvemos descer juntos, na Pedra das Flores, sendo que ela foi preparada primeiro. Guga me preparou e tivemos o seguinte diálogo na beirada:

  • Guga – Piter, vai para a beirada para começar a descida.
  • Eu (alguns segundos na beirada e depois dando três passos para frente)- Acho que não consigo, vou desistir.
  • Um guia que não lembro o nome – Rosa, acho que você vai ter que descer com um guia ou mesmo sozinha.
  • Guga Rockroots – Piter, tem certeza? Quer que um guia desça junto com você?
  • Eu (com orgulho ferido) – Não, pode deixar que eu me viro sozinho. Rosa, não vai dar para te esperar. Fui para a beirada e comecei a descer tremendo de medo e rápido para acabar logo. Kkk
  • Estava com orgulho de macho ferido. Kkk Além de não ter oportunidade de fazer o rapelzão, iria desistir de um rapelzinho? Iria descer com apoio profissional? Nunca!!!!

O rapel foi muito bom, mas bastante escalaminhada na volta e depois a desmontagem do acampamento. Pretendo voltar a esse lugar, pois não quero ser o aventureiro do rapelzinho. Descerei o rapel do Pico do Lopo! Ha ha ha.

 

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