Pequenos Diálogos com o Pequeno – Parte 6

Papai não gosta de arrumar a casa pela manhã, então tenta guardar os brinquedos restantes do Noah após ele dormir. Uma noite não fiz isso e a sala amanheceu uma zona.
Noah, sentado no chão e apontando para baixo do sofa – Óia!
Papai – Sua camiseta?
Noah – E seu caderno.
Papai – É… uma bagunça.
Noah – É a sua bagunça.
Papai, perplexo – Minha? Não estava bagunçado antes de você pegar meu caderno.
Noah – Eu peguei e lei (achei lindo o “li” virar “lei”)… e não guardei.
Papai – Pois é. E virou minha bagunça.
Não importa quem pergou e não guardou, se é a coisa é minha então é minha bagunça!?!?

Papai, mamãe e Noah brincando de esconde esconde. É minha vez de esconder e vou para o quarto do Noah, atrás da cortina.
Papai – Podem vir.
Mamãe – Será que está no seu quarto?
Noah, após acender a luz – Não! Não estou vendo o barrigão do papai.
O pior é que ela ainda aumentou depois desse dia.

Noah divagando sobre pés e chulé.
Noah – Eu não tenho chulé
Papai – Você não tem chulé?
Noah – Não. Eu não tenho.
Papai – Quem tem chulé?
Noah – Só você!
Oi? Nem tenho!!!

Noah assitia ao desenho Procurando Nemo e passava uma cena com uma menina no dentista:
Noah – É uma bruxa de dente feio?
Papai – Não, é só uma menina.
Noah – Uma menina feia?
Preferi não responder…

Noah está sofrendo com os molares. Vem correndo, chorando e apontando para a bochecha direita:
Noah – Papai, está doendo.
Papai – É o dente nascendo, amor. Logo passa.
Noah – Eu não quero que o dente nasce.
Melhor ainda não contar sobre os sisos…

Mamãe inventou de mexer em um formigueiro e foi picada:
Noah – Se a mamãe não mexer, a fumiga não vai picá-la.
“Picá-la”? Com três anos? Alguma coisa de certo estamos fazendo.

Noah coloca uma mochila nas costas e finge que vai à escola:
Noah – Não posso chegar atrasado para minha estudação.
Papai – Não pode chegar atrasado à aula, né?
Noah – Isso, não posso chegar atrasado para minha aula.
Espero que continue assim quando não puder mais estudar brincando.

Papai, de novo, arrumando o quanto do Noah:
Noah – Por que você está no meu quarto?
Papai – Estou arrumando suas fraldas.
Noah – Papai, você é meu herói.
Essa foi fácil.

Noah, todo rabugento, com um prato vazio:
Noah – Eu não quero que acaba isso.
Papai e suas respostas bestas – Isso é um prato que está na sua mão. O prato não acabou.
Noah – Mas ele está cheio de nada. Eu não quero que fica nada aqui.
“Cheio de nada” é a melhor definição para algo vazio. Genial!

Noah pedindo insistindo para que eu pegue alguma coisa:
Noah – Você não vai pegá-lo?
Só faltou completar “Pegá-lo-ei sozinho, então.”.

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