Quem me conhece sabe de muitas coisas estranhas, como não ser muito fã de carros. Um engenheiro e não gosta de carros? Como assim? Apesar de engenheiro, acho que tem alguma coisa errada em usar uma máquina de uma tonelada para carregar apenas 70Kg (ou até menos) de carga útil. Passei até a usar mais transporte público desde 2014 e não me arrependo. E claro que ainda mantenho o carro seja para conforto ou emergência, só uso menos.
Isso não quer dizer que as máquinas não sejam belas. E em uma época de plataformas compartilhadas e veículos semelhantes, mesmo entre concorrentes, nada melhor do que visita a 1º Clássicos Brasil. É uma feira de carros antigos lançada esse ano, realizada no Clube Hípico de Santo Amaro e que trouxe muitos carros de colecionadores em uma área ampla e confortável. Famílias inteiras estavam comemorando o aniversário de São Paulo enquanto visitavam carros que conheceram na infância ou até usaram para conhecer suas esposas ou maridos.
A feira também tinha uma área de lanches bacana, com os já tradicionais (ainda que recentes) food trucks que os Paulistanos aprenderam rápido a gostar. E olha que o raio gourmetizador estava mais fraco, porque os preços eram um pouco mais baixos que outras feiras que visitei. Nada como um bom cachorro quente, seguido de um stroopwafel recheado com doce de leite e gelato e no final um bom expresso.
Gourmet mesmo eram os fuscas. Para quem, como eu, achava que um fusca cansado custaria uns R$3.000,00 e um arrumadinho cerca de R$15.000,00, havia carros por quase R$50.000,00. Ainda bem que o limite do cartão era baixo, porque os carros estavam tão bonitos que até pareciam baratos. Quer um fusca? Melhor bater perna no interior, achar um carro que não passou por colecionador e fazer um curso de restauração. Vai se divertiri e ainda ajudar os projetos sociais da ACCASC.