Com mais de três semanas de atraso e a Travessia Itatiaia x Maromba no meio tempo, finalmente separei um tempo para colocar as fotos de Ouro Preto, cidade que visitei depois do Instituto Inhotim e de passear por Belo Horizonte. Não que tivesse planejado fazer isso hoje, mas a chuva,frio e uma viagem cancelada fizeram o serviço. Queria ir a uma exposição de carros antigos, mas acabei me enrolando e cancelei. Foi uma penas, apesar da exposição ser anual esse ano o clube que a montou faz 10 anos. Bom, é ficar de olho nas próximas.
Ouro Preto é uma dessas cidades que muitos visitam no ensino fundamental. Eu mesmo fiz uma longa excursão quando criança, antes até de meus pais se separarem, mas não me lembrava muito bem das diversas cidades que visitei. Ouro Preto foi uma delas e confesso que foi uma surpresa encontrá-la novamente, pois não me lembrava de nada.
É uma cidade pequena e aconchegante, com uma universidade federal e diversos lugares para se instalar. Acho que voltaria mais uma vez para ver as igrejas que estavam fechadas no dia 6 e também fazer algumas trilhas. Tendo o devido tempo, é interessante contratar um guia para ouvir a história local. Eu mesmo colei em alguns grupos para ouvir as belas descrições. A comida é muito boa, com cervejas artesanais, ótimos cafés e a tradicional cozinha mineira.
Estando sozinho e bem preparado para caminhar, consegui visitar todas as igrejas do mapa em uma dia, mesmo tomando algumas decisões erradas no itinerário. Vou deixar claro que não recomendo o passeio completo em um dia para todo mundo, porque há muitas subidas a serem vencidas e pode ser bem cansativo. Eu terminei a caminhada às 18hs e fui jantar. Acredito que dormir uma noite na cidade, finalizando as caminhadas mais cedo e andando com o calma durante os dois dias seja mais confortável para a maioria. Nesse caso, com certeza a contratação de uma guia seria a decisão certa, porque seria muito melhor aproveitado tendo tempo para fazer livremente.
A visita às igrejas, algumas verdadeiros cemitérios onde as tábuas no chão são os túmulos, é muito rica, só que há muito mais. O Museu Casa dos Contos, por exemplo, conta a história da fundição de ouro, fabricação de moedas e escravatura. Há uma grande senzala onde é possível sentir um pouco (um pedaço mínimo perto da realidade) do desconforto que é morar em um lugar desses. Há outros tipos de museus, artistas plásticos que adotaram a cidade (ok… visitei o museu e esqueci o nome do cara), arquivo público, uma aula de história ao vivo. Visitem!